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Entrave ao Paraná está na fronteira com o Paraguai

O Brasil caminha para ter, ainda em 2010, todo o território como zona livre de febre aftosa com vacinação e para a liberação do Paraná como zona livre da doença sem a necessidade da imunização do rebanho bovino. A informação é do novo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, empossado na segunda-feira. "É uma determinação do ministro Wagner Rossi para que o Brasil ganhe esse status sanitário ainda este ano", disse Jardim.

Segundo ele, o pleito do Paraná para ter o status máximo de controle da febre aftosa cumpriu rapidamente todos os pré-requisitos e o único entrave é o fato de o estado fazer fronteira com o Paraguai. Jardim avaliou que no caso de Santa Catarina, que já não imuniza o rebanho contra a doença e, por isso, pede a abertura do mercado de carnes in natura para os Estados Unidos, a questão é comercial.

Para o novo secretário, a abertura dos mercados norte-americano e japonês para carnes brasileiras criaria um "efeito dominó" e outros países, principalmente orientais, tomariam a mesma atitude comercial. Jardim informou que, neste sábado, uma delegação brasileira viaja ao Japão para novamente discutir a abertura do mercado, fechados por questões sanitárias.

Já a relação com países vizinhos, como o Paraguai, para o fortalecimento da defesa agropecuária, principalmente no caso da aftosa, deve ser ampliada. "Já temos uma parceria com Paraguai e Bolívia, que inclusive recebe vacina nossa, e vamos começar a discussão com a Ve­­nezuela", explicou. Inter­namente, o governo seguirá com a política de fortalecimento do Sisbov (sistema de rastreamento do gado) e de modernização do sistema de informação, como a ampliação das guias eletrônicas para o trânsito de animais.

Por fim, o secretário elogiou o antecessor, Inácio Kroetz, disse que as prioridades durante os sete meses que deve ficar no cargo serão a modernização e investimentos em gestão da Secretaria de Defesa Agropecuária e negou influência política na escolha do seu nome. "Sou técnico de carreira há 38 anos, comandei durante os dois governos FHC e os dois do presidente Lula a Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo e desconheço qualquer influência política", concluiu Jardim, que tem fortes ligações com o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP).

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