Com a regularização do regime climático e o início da colheita, é hora de contabilizar os danos. A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) estima que a quebra da safra de verão do Paraná tenha provocado prejuízos de R$ 3 bilhões ao estado. O valor considera os preços atuais, maiores que em dezembro, mas menores que em janeiro, e a frustração da produção de soja, milho e feijão calculada pela Seab em fevereiro. Os dados oficiais mostram que, com relação ao potencial produtivo da safra 2008/09, foram perdidos no estado 2,7 milhões de toneladas de milho (-31%), 2,3 milhões de toneladas de soja (-19%) e 255,8 mil toneladas de feijão (-42%).
Mas o prejuízo financeiro real não será tão grande, considera o secretário de Agricultura, Valter Bianchini. Na sua avaliação, o mercado respondeu à quebra com alta nos preços, o que compensa parte das perdas. Em janeiro, os preços do milho e da soja chegaram a subir 23% e os do feijão aumentaram 26% no estado. Em fevereiro, contudo, com a quebra precificada, as cotações voltaram a recuar, relata Margoteth Demarchi, agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab. Desde o pico de janeiro, o cereal caiu 6%, a oleaginosa 3% e a leguminosa 25%.
Pior caso é o do feijão
De uma forma ou de outra, a quebra da atual safra de verão não irá ter grande impacto negativo na renda agrícola do ano que passou, afirma o diretor do Deral, Francisco Siminoni. "O VBP (Valor Bruto da Produção) de 2008 considera a comercialização da safra 2007/08, que foi excelente tanto em preços quanto em produção", esclarece. Para o secretário Bianchini, o VBP da agropecuária paranaense vai crescer 19% ante 2007, para R$ 38,8 bilhões. "Mas esta quebra compromete a renda agrícola de 2009. Estimamos que o impacto será de R$ 1 bilhão", diz Bianchini.
No caso do feijão de verão, esta é a maior quebra de safra já registrada no estado, mas não deve comprometer o abastecimento nacional. A produção recuou no Paraná e em Santa Catarina, mas a queda na produção sulista foi compensada pelos ganhos expressivos em São Paulo (+73%), Minas Gerais (+19%), Goiás (+34%) e Piauí (+82%).
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