Enquanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) não divulga o próximo relatório de oferta e demanda da safra 2015/16, programado para o dia 11, o mercado tenta avaliar com precisão como será a safra do país. Uma comitiva de produtores e técnicos da Cocamar, de Maringá, está em viagem pelo Meio-Oeste norte-americano e tem ouvido relatos no campo sobre a condição dos campos de soja e milho.
As informações colhidas até agora têm diferença em relação as previsões mais recentes do Usda, divulgadas no início de agosto. O excesso de água faz os agricultores projetarem quebras maiores do que estimadas pelo governo, embora o rendimento esperado continue elevado.
Dono de 600 hectares em Champaign, no estado de Illinois agricultor, Jeff Fischer, disse que por causa das chuvas intensas na fase de plantio, que chegaram a causar inundação em alguns lugares, as perdas em sua propriedade – se confirmadas - podem ficar entre 5 a 10%. Mesmo assim, sua produtividade esperada oscila entre de 60 a 70 sacas de soja e de 220 a 240 sacas de milho por hectare.
Na mesma região Randy Schertiz, que cultiva 800 hectares acredita que, por causa dos mesmos problemas, a safra norte-americana será menor que a que está sendo anunciada pelo Usda. Schertiz ainda não vendeu nada de sua produção, esperando que as cotações reajam com possíveis informações de perdas maiores nos próximos relatórios e também com o andamento da safra na América do Sul, que começa a ser semeada neste mês.
O Usda projetou no início de abril uma produtividade média de 52,5 sacas por hectare para a oleaginosa e de 176,6 sacas/ha para o cereal. Recentemente, a expedição privada da consultoria norte-americana Pro Farmer calculo rendimento ligeiramente inferior em seu levantamento: 52,1 sc/ha de soja e 171,3 sc/ha para o milho.