O interesse da China pela soja produzida nos Estados Unidos ou países da América do Sul começa a ser questionada no mercado internacional. No final da tarde de ontem, a influente consultoria alemã Oil World estimou que o país asiático tende a reduzir seu apetite pela oleaginosa nos próximos meses. Somente nas duas últimas semanas, os maiores consumidores globais da commodity cancelaram compras que somaram 400 mil toneladas. O volume havia sido comprado nos Estados Unidos. Temendo atrasos na entrega do produto, a indústria asiática procurou fazer estoques da oleaginosa neste ano – antecipou suas compras e agora, com reservas em níveis confortáveis, cancela compromissos com os exportadores.
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) comprovam a antecipação nas vendas de soja do país. O volume efetivamente embarcado pelos norte-americanos até o momento está 21% acima do registrado nesta mesma época do ano passado. Ao todo, 38,3 milhões de toneladas de soja deixaram os portos do país, contra 31,6 milhões de toneladas no ciclo passado. Mais da metade das exportações segue para a China.
Contrato rompido
500 mil toneladas é quanto a China cancelou em contratos de exportação que havia firmado com o Brasil na semana passada. Se o país asiático continuar rompendo compromissos, cotações da soja tendem a recuar.
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