Evento reuniu representantes de 178 países no Oeste do Paraná na semana passada| Foto: Divulgaa§a£o

Os cursos de medicina veterinária das mais diversas universidades ao redor do mundo deverão adotar um currículo mínimo nos próximos anos. A medida foi definida durante a 3.ª Conferência Mundial sobre o Ensino da Medicina Veterinária, promovido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na semana passada, em Foz do Iguaçu. O objetivo da entidade é melhorar a qualidade do ensino, fortalecer os serviços sanitários e dar maiores garantias da saúde animal para os compradores de alimentos desta origem.

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Inicialmente, a intenção era definir um currículo padrão para os cursos de medicina veterinária dos 178 países participantes do evento. Porém, as diferenças na forma de produção e as características culturais de cada nação inviabilizaram a adoção desta proposta. A partir disso, as discussões caminharam para o desenvolvimento de uma grade curricular mínima.

“A proposta de currículo mínimo foi apresentada, principalmente levando em consideração que o médico veterinário precisa ser um generalista. Fora isso, cada país adotará outras medidas”, explica Ariel Antônio Mendes, diretor de produção da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

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Durante o evento, a Ubabef apresentou o relatório do programa de Compartimentação da Produção Avícola que mapeia e isola plantas e estruturas produtoras de granjas. O projeto piloto, executado em cinco unidades produtoras nos estados de Mato Grosso, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, foi encomendado pela própria OIE após a gripe aviária de 2007 que atingiu, principalmente países produtores da Ásia.

O Paraná, maior produtor e exportador avícola nacional, deve discutir sua entrada no programa no final de janeiro, quando a diretoria da Ubabef reunirá representantes da Organização das Cooperativas do estado (Ocepar), da Federação da Agricultura (Faep) e lideranças do setor para apresentar os detalhes da Compartimentação.

“Também vamos conversar com os nossos [países] vizinhos para que eles reconheçam e implantem o programa”, aponta Mendes.

Além das discussões em torno do ensino da medicina veterinária no mundo, os governos aproveitaram para estreitar as relações e tentar fechar acordos comerciais. No caso do Brasil, a intenção era fomentar a reabertura de mercados para a carne brasileira.

“Tivemos uma reunião com o chefe do serviço sanitário do Irã que ficou bastante satisfeito com os documentos que entregamos e prometeu uma resposta em três semanas”, comemora Inácio Kroetz, presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). “O Irã é um grande comprador”, acrescenta.

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