Nesta segunda-feira, quase 2 mil pessoas estiveram no Expotrade, em Pinhais. Estudantes, professores, diretores e autoridades estiveram juntos para acompanhar de perto o “Oscar da Educação” do Paraná: o prêmio Agrinho, organizado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que premia projetos, redações, desenhos e materiais desenvolvidos nas escolas buscando integrar campo e cidade.
Governador comenta questão de estado livre da Febre Aftosa sem Vacinação
Com mais de 6 mil trabalhos inscritos e 314 premiados, o foco deste ano foi o tema sustentabilidade. Presente no evento, o governador do Paraná, Beto Richa, comentou a importância do tema: “Nada melhor do que crianças para criar a consciência ambiental para entregarmos à próxima geração um meio ambiente melhor do que recebemos”. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também marcou presença, e citou a relevância de campanhas para melhorar a educação de crianças e adultos.
O presidente da Faep, Ágide Meneguette, destacou a importância da sequência do programa Agrinho, que chegou à 22ª edição: “Para fazer essa interação entre campo cidade, precisamos levar o conhecimento do meio rural às escolas”. O programa leva às escolas dos 399 municípios do Paraná material didático e ações de incentivo ao ensino da agricultura e sustentabilidade.
Reconhecimento
Os estudantes e professores premiados receberam tablets na etapa de seleção regional (rede pública de ensino) e notebooks na etapa estadual (redes pública e particular de ensino). Outro destaque do evento foi a entrega de seis automóveis para os primeiros lugares da categoria Experiências Pedagógicas.
Uma das vencedoras foi a professora Fabiani Nichelle Rossato, Escola Rural - Visão de Futuro, de Chopinzinho. “Esse projeto teve participação 100% dos pais dos alunos, e visou agregar família e combater o êxodo rural”, revela orgulhosa.
Na categoria municípios, Moreira Sales, na região Centro-Ocidental do Estado, se consagrou bicampeão. Uma das estudantes da cidade que ajudou a levar o conhecimento do campo à sociedade - e do meio ambiente para os adultos - é a aluna Karina Fátima Lino de Souza, de 13 anos. Filha de agricultores, ela escreveu uma redação comentando como é feito o plantio direto, e foi selecionada entre as finalistas da categoria. “Relatei a vivência que temos com o milho, com a aveia e a soja que produzimos”, revela.
A professora de Karina, Eliana Lucia Vieira Monte, garante: “Eu não conhecia o processo e aprendi com ela. É um orgulho representar a cidade e a Escola Moreira Salles”. Eliana conta que há 15 anos participa do programa. “Mas esperei a Karine nascer para receber esse reconhecimento”, brinca. Ela diz que já desenvolveu com seus alunos, há alguns anos, até mesmo um iogurte em homenagem ao Agrinho, o Natugrinho, que é distribuído a entidades sociais de Moreira Sales.
No evento também estavam professores quase ‘novatos’. “Este é meu segundo ano como professora e já sou finalista”, diz a professora Vanessa Bonicoski, da escola Mario Braga, de Ponta Grossa. Ela foi finalista da categoria Experiências Pedagógicas com o projeto Mundo Cão, uma campanha para mostrar a consciência de que o abandono animal, de cães a cavalos, gera problemas ambientais e de saúde pública.
Febre aftosa sem vacinação
Antes do evento, em entrevista, o governador Beto Richa revelou que o Paraná continua estudando medidas para o estado atingir o status de local livre da febre aftosa sem vacinação. Na semana passada, o governador recebeu do presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette, e do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, um manifesto sobre o tema com a assinatura de mais de 200 entidades, entre sindicatos rurais, cooperativas, produtores e diversas instituições ligadas ao agronegócio.
“Já temos ações de cautela, como para evitar a transição de animais, lembrando que somos um estado com muitas feiras agropecuárias”, reforçando que o governo é favorável à implementação, mas que é preciso avaliar as questões de eventos para implementar o melhor sistema para reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação.
No manifesto, as entidades solicitaram que o estado se antecipe ao cronograma sugerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na versão inicial do Programa Nacional para Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) para evoluir nas questões sanitárias, com o objetivo de reconhecimento pela Organização de Saúde Animal (OIE) em 2020 e não em 2023.
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