O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA, divulgou nesta quinta-feira (8) seu balanço de oferta e demanda mundial para grãos e commodities, bem como índices de produção atualizados para a América do Sul.
As principais mudanças ocorreram nas safras do Brasil e da Argentina, porém em direção opostas. Enquanto a seca severa que atinge os argentinos fez com que as estimativas do USDA caíssem em 7 milhões de toneladas para soja – um recorde para o período – e fechassem em 47 milhões de toneladas, a recuperação climática entre os produtores brasileiros levou a um aumento nas projeções: os norte-americanos acompanharam os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), também divulgados nesta quinta, e apostam que a produção brasileira será de 113 milhões de toneladas.
O USDA também aumentou as estimativas de exportação de soja por parte do Brasil, passando de 69 milhões de toneladas, no relatório do mês anterior, para 70,5 milhões de toneladas, um recorde absoluto para o país. Já a Argentina e os próprios EUA deverão exportar menos nesta safra.
No caso do milho, a previsão para o Brasil também é de queda na produção, ficando em 94,5 milhões de toneladas. Em relação às exportações, entretanto, não houve mudanças: o departamento continuou com 35 milhões de toneladas para o cereal brasileiro. Situação diferente para a Argentina, que, no comparativo com o documento de fevereiro, perdeu 3 milhões de toneladas em produção e 2,5 milhões de toneladas em exportações, chegando a 36 milhões de toneladas e 25 milhões de toneladas, respectivamente. O contraponto nesse cenário de queda são os embarques norte-americanos, cujas estimativas foram elevadas pelo USDA, passando de 52,07 milhões de toneladas para 56,52 milhões de toneladas.