As exportações de soja bateram recorde e fizeram do último mês o melhor maio da história para o setor. Foram 9,91 milhões de toneladas, ante 9,3 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de 2015. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados nesta quarta-feira (1º).
Conforme o MDIC, a soja vendida no exterior em março de 2016 movimentou cerca de US$ 3,60 bilhões (US$ 363,1 por tonelada). Apesar de o volume comercializado ter sido maior em 2016, o valor comercializado neste ano foi menor do que no mesmo período do ano passado. Na época, os preços estavam melhores (US$ 386,8 por tonelada). Em maio de 2015, foram movimentados US$ 3,61 bilhões.
Na comparação entre o volume de soja exportado em maio e em abril, houve queda de 5,1%. Em abril de 2015, houve a exportação de 9,91 milhões de toneladas, enquanto que em abril deste ano foram 10,08 milhões de toneladas.
Maio foi o terceiro mês seguido de recorde na comparação mês/mês do ano anterior. Em março, o Brasil enviou para o exterior 8,3 milhões de toneladas (ante 5,5 milhões de toneladas em março de 2015). Em abril, o país embarcou para fora 10,08 milhões de toneladas (ante 6,55 milhões de toneladas em 2015).
Os recordes atrás de recordes, no entanto, devem perder fôlego nos próximos meses. A previsão do mercado é que o país ainda tenha em estoque menos de 30 milhões de toneladas de soja e a nova safra começa a entrar apenas no fim de ano. A expectativa do setor é que os embarques do grão registrem uma queda de 20% em junho comparado ao mesmo mês do ano passado, e fique em torno de 5 milhões de toneladas.
Superavit comercial bate recorde em maio
O dólar em alta e a atividade econômica em baixa continuam a impulsionar o saldo da balança comercial. Em maio, a diferença entre exportações e importações levou a um superavit de US$ 6,4 bilhões, o mais alto para o período desde o início da série histórica, em 1989.
Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o recorde anterior para esse mês fora registrado em 2008, quando o saldo havia alcançado US$ 4,6 bilhões.
Após cinco meses consecutivos de resultados positivos, o superavit do ano está US$ 19,7 bilhões --valor semelhante ao desempenho de todo o ano passado.
Embora seja um dos principais fatores do crescimento do saldo, o câmbio ainda não foi capaz de aumentar a receita das exportações.
Devido à queda de 8,8% do preço médio dos produtos brasileiros, o valor das exportações em dólar caiu 2,6%. A redução só não é maior porque o volume enviado ao exterior cresceu 9,4% no ano.
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