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Fazenda campeã em produtividade investe no solo e no cultivo diversificado

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Na semana passada, a fazenda, propriedade de José Bento Azambuja Germano, conquistou a primeira colocação regional e a segunda nacional no Desafio de Produtividade Máxima do Comitê Estratégico Soja Bra­­sil (Cesb).

O concurso avaliou a capacidade produtiva de mais de 1,3 mil propriedades de 14 estados brasileiros. As áreas destinadas para o desafio são experimentais e têm, no máximo, o tamanho de 10 hectares. A Mutuca conseguiu o feito de produzir 103,11 sacas de soja por hec­­­­tare, contra uma média geral de 95,5 sacas/ha no concurso.

A produtividade geral da fazenda foi de 75 sc/ha (4,5 mil quilos) em 2011/12, numa área de 1.600 hectares. A marca fica 70% acima da média nacional de 44,1 sc/ha (2,6 mil quilos). "Mas o segredo não está apenas na soja. Está no sistema produtivo como um todo, integrando as culturas de verão e inverno", frisa o diretor técnico da fazenda, Ivo Frare.

No momento, a Mutuca está finalizando a colheita da soja safrinha e realizando o plantio do trigo. "Essa soja deveria ter sido colhida há duas semanas, mas a chuva acabou atrapalhando o trabalho. Por isso ela está escurecida", afirma Frare.

De qualquer ponto da fa­­zenda, confirma-se que a palhada cobre os 2,2 mil hec­­tares de lavoura. A área representa cerca de 90% da extensão total da Mutuca. No caso do trigo, segundo Frare, a expectativa é colher 5 mil quilos de trigo por hectare – 2,3 toneladas a menos do que a média prevista para o estado. "Esperamos ter sucesso com o trigo porque trabalhamos o sistema como um todo", reforça Frare.

Produtora de sementes de soja e trigo, a Mutuca conquistou, em 2009, a certificação ISO 9001 na gestão da qualidade dos grãos para semeadura. "Além da pesquisa de variedades que se adaptem bem ao ambiente da fazenda, investimos constantemente no melhoramento do perfil do solo", conta o diretor.

Frare explica que isso se faz dando uma atenção especial à aplicação de calcário e à manutenção de uma terra fofa. "Se o solo não segura bem a água e é rico em alumínio [substância tóxica para a lavou­ra], é lógico que não vai dar certo. A gente não tem um segredo, mas temos uma receita de como utilizar os recursos conhecidos da agricultura de uma maneira racional", sustenta.

O campeão nacional em pro­­du­­­­tividade de so­­ja no concur­so do Cesb foi Demétrio Gui­­marães Par­­­­reira, de Cor­­ren­­tina, mu­­nicípio do Oes­­te da Bahia. Ele alcançou 108,71 sc/ha (6.522 quilos). Os cinco vencedores e seus técnicos ganharam uma viagem técnica aos Es­­tados Unidos.

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