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Além das plantas de porte alto – que permitem a colheita mecânica – e mais tolerantes à seca e às doenças, a pesquisa avança no desenvolvimento de variedades nutracêuticas. "A busca é por materiais que satisfaçam plenamente o gosto do consumidor", explica o pesquisador Marco Antônio Lollato, que há 30 anos trabalha na área de produção de sementes do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

Entre as novas linhas de pesquisa está o aumento da proteína dos grãos, com maior teor de ferro e fibra solúvel. O objetivo é melhorar o potencial nutricional do alimento. No caso das fibras, Lollato destaca que está cientificamente comprovado que o feijão é um produto que tem capacidade de reduzir o colesterol.

Essas novas variedades devem chegar ao mercado no período de cinco a sete anos. As características nutricionais estão sendo pesquisadas a partir do banco de germoplasma do Iapar, com mais de 4.800 materiais. O pesquisador esclarece que os cruzamentos para obtenção de novas cultivares é feito de maneira convencional, sem o uso da transgenia.

Mas a busca por cultivares mais tolerantes a doenças e altas temperaturas continua. Segundo Lollato, a evolução do sistema agrícola pode demandar a crianção de novas variedades, adaptadas a essas mudanças. "O homem muda a variedade e a natureza muda a doença", diz o pesquisador, ao justificar a continuidade dos trabalhos para controlar doenças como antracnose, mancha angular, ferrugem e mosaico comum.

As principais contribuições da pesquisa ao feijão são o zoneamento agroclimático; a identificação da necessidade nutricional da cultura, que permitiu a calagem e a adubação; e a criação de cultivares melhoradas e adaptadas à colheira mecanizada.

No Paraná existem 28 variedades recomendadas para o cultivo, que atendem todas as regiões do estado.

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