Depois de duas conferências e onze painéis realizados na quinta-feira, os mais de 300 participantes do 1º Fórum de Agricultura da América do Sul -- que termina hoje em Foz do Iguaçu -- dão sequência ao evento com um debate que põe frente a frente representantes da demanda e da oferta global de grãos e insumos. Eles falam de economia, consumo de alimentos, produção agrícola, e contrapõem as tendências de cada polo do agronegócio.
Representantes do Hopefull Group -- maior agroindústria da China, que expande o esmagamento de soja no país -- e da United Phosphoros Limited (UPL) -- indústria indiana exportadora de insumos agrícolas -- sentam à mesa para conferência com dois especialistas do agronegócio brasileiro. Tom Lin Tan e Lalit Khulbe, respectivamente, debatem com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) Seneri Paludo e o ex-secretário de Relações Institucionais do Ministério da Agricultura Célio Porto.
A economia chinesa vai continuar crescendo nos próximos 10 ou 20 anos, aponta Tom Lin Tan, estimulando o debate. Nas perspectivas do Hopefull Group, a renda vai continuar subindo na China e tem potencial para dobrar na próxima década, disse o executivo, que atua em Chicago (EUA). A demanda por proteína está diretamente ligada ao consumo de carne. "Nós produzimos mais da metade (55%) da carne suína do mundo. Por isso precisamos tanto de ingredientes de ração", citou.
Os debate continuam com os conferencistas da Índia e do Brasil. Ainda nesta manhã haverá conferência sobre a América do Sul enquanto "região produtora e sustentável de alimentos", com o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre. Acompanhe as discussões nas transmissões em vídeo do www.agrogp.com.br e na edição deste sábado da Gazeta do Povo.