Cultivo de soja na América do Sul tende a crescer em ritmo menor

Os países produtores de grãos e carnes da América do Sul têm um compromisso com o mundo nos próximos anos. Enquanto nova potência agropecuária do planeta, a região está incumbida da missão de suprir o planeta de alimento de qualidade. Porém, para isso, o agronegócio sul-americano precisa definir suas estratégias e seguir ritmo de crescimento sustentável, condizente com a demanda.

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Cultivo de soja na América do Sul tende a crescer em ritmo menor 

Esses desafios e oportunidades estão em pauta durante o 2.º Fórum de Agricultura da América do Sul, nos dias 27 e 28 de novembro, em Foz do Iguaçu — na Tríplice Fronteira Brasil-Argentina-Paraguai. Palestrantes, especialistas e mediadores vão debater, em três grandes conferências e oito painéis, ações e estratégias, avaliando a dimensão que a América do Sul pretende assumir no cenário global. A expectativa é posicionar a região como um agente influente nas tendências e decisões que cercam o agronegócio mundial, não só como mero fornecedor de matérias-primas, mas também como protagonista agroindustrial.

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“A América do Sul é responsável por mais da metade da exportação de soja, além de outros produtos agrícolas. No caso específico do Brasil, a agronegócio representa 30% da economia. Só isso já referenda a importância de um evento como esse”, destaca o responsável pela organização do Fórum, Giovani Ferreira, gerente do Agronegócio da Gazeta do Povo.

Neste ano, o tema central é “Inovação e sustentabilidade no campo”. A escolha partiu da análise do cenário do agronegócio mundial. Os organizadores consideram que, atualmente, a atividade está entrando em um ciclo de preços e lucratividade menores.Com isso, tornou-se necessário que o produtor sul-americano se profissionalize cada vez mais da porteira para fora, a fim de garantir a sustentabilidade de seu negócio.

Com experiência e tecnologia para produzir mais em menor espaço, torna-se imprescindível inovar também na atuação diante do mercado, o que requer preparo técnico e posicionamento estratégico, ou seja, mais informação. As decisões que o setor vai tomar a partir dessa nova realidade determinarão o futuro do agronegócio sul-americano.

Conferências

O papel da América do Sul é ponto central na conferência “O agronegócio na nova ordem econômica mundial”, às 9 horas do dia 27. Entre os participantes, está o economista chefe da companhia americana de informação de mercado AgResourse, William Tierney, que já atuou no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda).

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O tema retorna à pauta do Fórum no mesmo dia durante a conferência “O papel do estado no desenvolvimento do agronegócio”, às 14h30. Nela, o professor Antonio Marcio Buainain, do Instituto de Economia da Unicamp, e a economista Monica Rodrigues, da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), falam da necessidade de um planejamento de médio e de longo prazos por parte do setor público que assegure um horizonte razoável para decisões de investimento e de produção.

A terceira conferência, dia 28, às 11 horas, aborda “Os desafios da América do Sul rural” e encerra o Fórum com um apanhado sobre os pontos centrais a serem considerados no planejamento do agronegócio. O assunto fica a cargo de Hector Peña, economista do Banco Mundial para a América do Sul, que abordará assuntos como gestão de riscos e desenvolvimento do campo.

Oito paineis apresentam temas mais específicos. Entre esses temas estão assuntos transversais, relacionados a diversas cadeias de produção, como o de comércio internacional, que aborda a relação entre acordos bilaterais e negociações em bloco.

Temas em debate

Em dois dias de intensa programação, Fórum de Agricultura amplia discussões sobre o futuro da produção sul-americana de grãos.

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Dia 27 (quinta-feira)

• Abertura

• Conferência 1 (9 horas)

O agronegócio na nova ordem econômica mundial

• Painel 1 (10h30)

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O Campo e o BRICS – Mercado e produção nos países emergentes

• Painel 2 (10h30)

Cereais de Inverno – Oportunidades regionais em um mercado globalizado

• Painel 3 (12h30)

Empreendedorismo Rural – A revolução silenciosa e sustentável da produção

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• Conferência 2 (14h30)

O papel do estado no desenvolvimento do agronegócio

• Painel 4 (16 horas)

Carnes e Lácteos – O mercado da sanidade e da segurança alimentar

• Painel 5 (16 horas)

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Comércio Internacional – Acordos bilaterais ou negociações de bloco?

• Painel 6 (18 horas)

Infraestrutura e Logística – O diferencial competitivo à produção e exportação

Dia 28 (sexta-feira)

• Painel 7 (9 horas)

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Soja e Milho – Oferta supera demanda e redesenha o mercado

• Painel 8 (9 horas)

O Futuro da Bioeconomia – Biotecnologia e bioenergia a serviço do campo e da cidade

• Conferência 3 (11 horas)

Os desafios da América do Sul rural

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