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Em uma região o trabalho de pesquisa ainda é escasso uma entidade sem fins lucrativos tenta desenvolver tecnologias de produção adaptadas a realidade do Matopiba. Criada há 17 anos, a Fundação Bahia é financiada por 36 sócios e também conta com mantenedores do setor privado.

Instalada em Luís Eduardo Magalhães, no mesmo espaço onde é realizada a Bahia Farm Show, a Fundação conta com estrutura de peso. Os campos experimentais somam 120 hectares irrigados por pivôs centrais, além de 4,5 hectares irrigados por gotejamento e outros 20 hectares em áreas de sequeiro. Há ainda laboratórios e um corpo técnico próprio para acompanhamento das pesquisas. Os principais cultivos estudados são soja, milho, algodão e café, com grande ênfase no melhoramento genético.

O trabalho também inclui parceria com órgãos como a Embrapa, que não possui escritório instalado na região. Em um estudo coletivo com outras organizações a entidade calcula que a área agrícola total do Matopiba pode chegar 10 milhões de hectares de soja e 3,5 milhões de hectares no milho em 2033/34. “Esse crescimento representa um grande desafio em termos de genética e meio-ambiente. Há muito que fazer e esse é o foco do trabalho da Fundação”, revela Nilson Vicente, diretor-executivo da entidade.

O resultado dos trabalhos é apresentado em uma série de eventos anuais. Uma das pesquisas que já deu resultado é a soja BRS 7980, que possui resistência ao ataque de nematoides. Vicente indica que para o próximo passo é desenvolver cultivares resistentes a doenças como o Mofo Branco e pragas como a Mosca Branca.

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