Sem alterar a fórmula de seus compostos químicos, a multinacional Basf lançou campanha publicitária garantindo que alguns de seus fungicidas não só combatem fungos, mas também dão vigor às plantas e aumentam a produtividade em até 15%. A divulgação liga os F-500 (os fungicidas Opera, Comet e Cabrio Top e o inseticida Satandak) à idéia de produtividade elevada. Os produtos passam a ser identificados com o selo AgCelence.
A proposta dessa marca não é o controle de doenças ou a correção do solo. Vende-se defensivo como uma espécie de vitamina para as plantas. Nas propagandas aparecem lavouras mais verdes que o normal, cachos e espigas mais bem formados, grãos exuberantes e agricultores com os bolsos cheios.
Segundo a Basf, os resultados são comprovados em pesquisas realizadas na Europa, nos Estados Unidos, no Brasil e na Argentina. "Usualmente se via um diferencial na produção com os F-500. Ainda estamos no começo das pesquisas sobre como isso ocorre", diz o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Basf, Cláudio Oliveira. A indústria calcula ter 20% do mercado de defensivos agrícolas no Brasil e quer elevar sua participação nas vendas de fungicidas em três pontos porcentuais com o lançamento da marca AgCelence.
O efeito que os F-500 causam nas plantas foram cientificamente comprovados, atesta o agrônomo Durval Dourado, professor da Universidade de São Paulo (USP). Ele diz que ocorre uma reação em cadeia que aumenta a massa foliar, dá mais energia à planta e melhora a produção. O efeito vem de um fungo que, segundo os pesquisadores, melhora as condições de vida à sua volta.
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