O Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/15, anunciado hoje em Brasília pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto, trouxe novas linhas de crédito para quem já produz ou quer começar a produzir alimentos em assentamentos rurais. Os novos assentados terão até R$ 14,2 mil por família, via Crédito de Instalação, para gastar com aquisição de bens de primeira necessidade e iniciar a produção. A novidade neste programa, além do limite, é que pode ser operado através de um cartão, que pretende agilizar o acesso aos recursos públicos. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, a presidente Dilma entregou os dois primeiros cartões dessa modalidade a agricultoras assentadas.
Também foi criado o programa Mais Alimentos Reforma Agrária, voltado às famílias que nunca receberam recursos públicos para investimentos e que buscam ampliar a produção. O limite é de R$ 25 mil, com bônus de 40% e prazo de pagamento de dez anos. Neste caso, os beneficiários ainda podem contar com três operações de até R$ 7,5 mil cada para bancar o custeio da produção.
As medidas lançadas na capital federal foram bem recebidas pelos representantes do setor produtivo, com ressalvas. “Neste ano, estamos vendo que aparecem elementos fundamentais no Plano para a reforma agrária. Mas devemos voltar a discuti-lo no final de 2014 para saber se devemos mesmo comemorar. Muitas vezes os resultados não correspondem à necessidade real do povo, porque impera uma burocracia no segundo e terceiro escalão”, comentouAlexandre Conceição, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e representante da Via Campesina em relação às dificuldades no repasse dos recursos.
O coordenador geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (Fetraf), Marcos Rochinski, também comemorou, destacando a evolução dos recursos voltados aos pequenos agricultores nos últimos anos. Ao final de seu discurso, ele entregou à presidente Dilma um Plano Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável, “que deve ser a luz para seu governo no próximo plano nacional da agricultura familiar”, destacou.
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