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Governo reajusta preço mínimo das culturas de verão

A saca de milho (60 kg), em Mato Grosso e Rondônia, teve alta de 21,68%, passando de R$ 13,56 para R$ 16,50 | Dirceu Portugal / Agencia de Noticiais Gazeta do Povo/Dirceu Portugal / Agencia de Noticiais Gazeta do Povo
A saca de milho (60 kg), em Mato Grosso e Rondônia, teve alta de 21,68%, passando de R$ 13,56 para R$ 16,50 (Foto: Dirceu Portugal / Agencia de Noticiais Gazeta do Povo/Dirceu Portugal / Agencia de Noticiais Gazeta do Povo)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na quarta-feira (06) os novos preços mínimos das culturas de verão a partir da safra 2016/2017. A saca de milho (60 kg), em Mato Grosso e Rondônia, teve alta de 21,68%, passando de R$ 13,56 para R$ 16,50. O arroz longo fino em casca (saca 50 Kg) para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, teve um aumento de 17,86%, que saiu de R$ 29,67 para R$ 34,97.

O algodão em pluma aumentou 8,93%, saindo de R$ 54,90 para R$ 59,80/15 quilos. Já a saca de 60 kg do feijão em cores foi reajustado em 8,46%, passando de R$ 78 para R$ 84,60.

“Esses aumentos nos preços mínimos, notadamente, milho, arroz e feijão, são muito importantes, não só para estimular o produtor como também para a possibilidade de recomposição dos estoques do governo federal, que hoje estão em níveis baixos”, disse o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller.

As culturas fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) - instrumento de comercialização de apoio à renda do produtor rural. Quando a cotação de mercado está abaixo do preço mínimo, o governo federal atua para amparar o agricultor. Os novos valores foram fixados pela Conselho Monetário Nacional (CMN) em sua última reunião, no dia 30 de junho.

Preços de referência

Os produtores de mel, tomate industrial e suíno vivo, além de frutas como abacaxi, banana, goiaba e pêssego podem contar com novos preços de referência para a safra 2016/17. A maioria dos produtos teve alta. O maior reajuste foi o do mel, que passou de R$ 4,20 para R$ 8,50 o quilo (+102%). Já o quilo do suíno vivo subiu de R$ 2,68 para R$ 3,02 (+13%). O tomate industrial teve aumento de 11%, passando de R$ 0,18 para 0,20 o quilo. O reajuste foi concedido porque os preços não eram corrigidos desde a safra 2014/2015.

Os preços de referência são utilizados por agentes financeiros para o cálculo do valor a ser financiado para a estocagem, possibilitando aos produtores e às agroindústrias a comercialização em melhores condições de mercado. Agora, com os preços mais próximos aos praticados pelo mercado, os produtores podem acessar um volume de recursos mais compatível com a sua produção.

O limite de financiamento é de R$ 4,5 milhões por produtor rural/ano agrícola ou R$ 40 milhões no caso de agroindústrias. A taxa de juros dessa linha varia entre 8,75% e 10,5% ao ano e o prazo de pagamento é de até 6 meses. As agroindústrias podem obter os recursos mediante a comprovação do pagamento ao produtor de, no mínimo, o preço de referência estipulado.

Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, R$ 368 milhões foram alocados para financiar a comercialização do mel, lã, suíno vivo, tomate industrial e frutas em 2015.

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