A greve deflagrada por conta do “pacotaço” do governo estadual, que inclui extinção de benefícios concedidos ao funcionalismo público, ainda não atingiu os serviços básicos da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). Apesar de parte dos servidores dos dois órgãos estar paralisada, as atividades ocorrem de forma normal.
“Estamos tocando o serviço normalmente, inclusive com atendimento aos produtores”, afirma Otamir César Martins, diretor geral da Seab.
A sede do órgão, em Curitiba, concentra cerca de 200 funcionários, entre administrativos e técnicos. Apesar de confirmar que muitos estão de braços cruzados desde ontem, Martins não soube precisar o número exato. Porém, garantiu que não houve paralização nos 19 núcleos regionais espalhados pelo estado. “É de lá que vem a informação e não tem ninguém parado”, diz o dirigente.
Na Adapar, a situação é praticamente a mesma. Dos 760 servidores, apenas 180 são cedidos pela Seab. Os demais são concursados contratados por outro regime trabalhista, que não será atingido pelo “pacotaço” do governo estadual, caso aprovado.
“Estamos defasados por natureza, pois falta contratar parte dos aprovados no concurso, essa é a época do pessoal tirar férias e existem outros [funcionários] em treinamento. Mesmo assim, até o momento, [a greve] não afetou os serviços”, garante Inácio Kroetz, presidente da Adapar.
A continuação da greve já está confirmada para esta quarta-feira (11), segundo Kroetz, que teme pela continuidade mais longa do movimento. “Se a greve se estender vai atingir a qualidade da vigilância. O processo começar a afetar outros setores porque começa a acumular tarefas. Fazer o serviço dos outros por dois, três dias ainda dá, mas depois complica”, contextualiza o dirigente.
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