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Guerra no trigo

Nova prorrogação para importação de trigo sem imposto ampliou o conflito entre o setor produtivo e o governo. Mais 600 mil toneladas poderão ser importadas, da América do Norte ou da Europa, sem custo adicional de 10%. O governo tenta amenizar reajustes nos alimentos e controlar a inflação, mas, por outro lado, reduz a renda dos triticultores. A isenção ocorre em plena colheita no Paraná e às vésperas da colheita da Argentina.

O setor produtivo tinha lançado manifesto contra a prorrogação de outubro e recebeu nova entrada de trigo importado como resposta. As 600 mil toneladas podem ser compradas pelos moinhos até o final de novembro.

Para a Federação da Agricultura do Paraná (Faep), a medida penaliza o segmento, que teve quebra na produção e na qualidade após as geadas de julho e agosto. Segundo a economista do Departamento Técnico e Econômico da Faep Tânia Moreira, a motivação para o plantio em 2014 será menor, apesar de os preços atuais (R$ 48,3 por saca) estarem 40% acima dos praticados um ano atrás. “É preciso estimular a produção nacional para que o abastecimento não fique comprometido”, disse. “O setor produtivo precisa de uma política pública permanente.” As importações necessárias para o abastecimento interno deste ano ainda não foram concluídas.

Importação

5,2 milhões de toneladas de trigo foram importadas pelo Brasil de janeiro a setembro. País ainda precisa de mais de 1 milhão de toneladas.

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