A pesquisa levantou também as terras de uso mais restrito, que têm valores médios de R$ 5,3 mil o hectare, geralmente áreas mais quebradas, de morro.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/

Com uma nova metodologia para avaliação das terras, o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná concluiu uma pesquisa com o preço do hectare no estado, levando em conta a classificação de uso do solo. De acordo com o estudo, o valor médio das terras é de R$ 61,8 mil por hectare, considerando as áreas mais planas e de boa fertilidade.

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As áreas mais valorizadas do estado estão na região de Maringá, onde o hectare foi avaliado em até R$ 75,8 mil. O valor mais baixo para terras de menor aproveitamento econômico nesta mesma região para cada hectare é de R$ 9,5 mil.

Maringá está situada entre as áreas de solos férteis que vão desde Foz do Iguaçu, passando por todo o Oeste até a região Norte do Estado, onde as terras são mais planas e permitem o uso intensivo do solo – por isso, mais disputadas e valorizadas no mercado.

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A pesquisa levantou também as terras de uso mais restrito, que têm valores médios de R$ 5,3 mil o hectare, geralmente áreas mais quebradas, de morro. As áreas de menor valor no Estado localizam-se no município de Coronel Domingos Soares, no Sudoeste, onde a média por hectare foi de R$ 1,3 mil.

Os estudos duraram 12 meses e os valores médios foram calculados com rigor estatístico para que tenham validade institucional e técnica, espelhando a realidade atual. “Entretanto, poderão ser alterados nas próximas pesquisas, de acordo com a evolução de vários fatores, como preços de commodities (a principal é a soja), maior ou menor de disponibilidade de áreas para vendas em determinada região, desenvolvimento local, entre outras, considerando ainda que cada propriedade tem suas características e valor específico”, afirma o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni.

Segundo o coordenador da Divisão de Estatística Básica do Deral, Carlos Hugo Godinho, o mercado ainda atrela o valor da terra ao preço da soja. Mas esse é indicador vale mais para negociação do que para determinar o valor da terra.

O técnico destaca que a metodologia antiga tinha classificações mais genéricas, em torno de áreas mecanizáveis ou não, e o resultado da pesquisa nem sempre refletia a realidade do mercado.

Nova Metologia

Como o Deral introduziu neste ano nova metodologia para avaliação das terras no Paraná, não há base de comparação com anos anteriores, explica Godinho. Segundo ele, de uma forma geral os preços estão semelhantes aos do ano passado porque o preço da soja caiu.

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Para Godinho, o produtor não reduz o preço da terra porque o preço da soja caiu no mercado. “Ele acrescenta um número maior de sacas de soja ao valor da terra. E isso acontece principalmente porque o produtor está capitalizado, nesse momento, depois de quatro anos seguidos de boas safras”.

A nova metodologia é mais detalhada que as anteriores e tem como novidade a introdução da classificação de terras no sistema de capacidade de uso publicado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS).

Essa classificação vai desde a classe I, que são as terras cultiváveis, aparentemente sem problemas de conservação de solos, com amplo aproveitamento econômico, até as áreas mais restritas ocupadas com vegetação natural, impróprias para culturas.

As informações da pesquisa feita pelo Deral estão disponíveis no site da Secretaria Estadual de Agricultura. Para conferir os preços, é só acessar o site do Deral.

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