A colheita está apenas ganhando ritmo e ainda podem ocorrer acidentes de percurso, mas para o produtor brasileiro já é hora de pensar na safra 2011/12 de grãos. Não à toa, muitos deles estão comprando insumos, até quatro meses antes do costumeiro, mostra hoje o Caminhos do Campo.
Se as previsões sobre a colheita foram otimistas ou pessimistas, o avanço da colheita vai dizer. O que vem sendo constatado até agora é que a variação do clima de microrregião para microrregião foi expressivo.
No Paraná, não houve estrago generalizado e, pelo contrário, o cenário é bem melhor que o esperado. Mas há situações como a do Noroeste de Minas, que tinha a responsabilidade de compensar perdas no Sul do país com um aumento expressivo em produtividade. A região talvez não vá tão longe, com períodos de estiagem que chegam a quatro semanas.
Em relação ao clima, não há mais o que fazer. Mas contra a tendência de aumento nos preços dos insumos, é possível antecipar compras usando a produção como moeda ou antecipando também as vendas. O despertar dos produtores para essa possibilidade mostra que o setor se mantém atento às tendências do mercado, um bom sinal.
Há grupos de produtores e empresas de produção agrícolas atuando de forma agressiva, em contato permanente com o que ocorre na Bolsa de Chicago. Mas a maioria dos produtores começa agora a perceber que sua renda, em muitos anos, depende mais das estratégias de compra e venda do que propriamente da produção.
Para ambos, esta semana será decisiva, com a divulgação de novos dados do USDA, o departamento de agricultura dos EUA, sobre a produção norte-americana da próxima temporada. Como as informações da produção, as tendências de mercado também vão chegar em primeira mão a quem acompanha a Expedição Safra Gazeta do Povo.
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