Milho teve problemas com o clima e se estima uma produção de 68 milhões de toneladas, 3% a menos do que se previa em junho| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Se a projeção de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) para a safra total de grãos do Brasil, divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), for confirmada, a produção em 2016 registrará a maior queda em 20 anos. O recuo estimado em 9,8% ante 2015 (para 189 milhões de toneladas) será o maior desde o tombo de 13,3% apurado na safra de 1996.

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No total, o IBGE projeta queda de safra para 14 de 26 produtos no ciclo de 2016 ante o de 2015. A estimativa do IBGE piorou na passagem de junho para julho, pois a projeção divulgada nesta terça para a safra total de grãos é 1,5% menor do que a informada no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do mês anterior.

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O milho segue como destaque negativo. “As condições climáticas que prejudicaram a 1ª safra persistiram durante a 2ª safra”, diz nota divulgada pelo IBGE. Segundo o órgão, o clima fez a projeção para a produção total de milho ficar em 68 milhões de toneladas, 3% a menos do que se estimava em junho.

Feijão

A quebra da safra de feijão em 2016, que tem contribuído para impulsionar os preços do alimento, perdeu força na 3ª safra, mas isso não será suficiente para uma recuperação da produção total. Segundo o LSPA de julho, a safra total de feijão em 2016 será de 2,8 milhões de toneladas, uma queda de 2,6% ante o levantamento de junho.

A 3ª safra de feijão é menor do que as duas primeiras. Segundo o IBGE, a 1ª safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas, com queda de 2,1% frente a estimativa de junho e recuo de 8,4% ante 2015. Já a 2ª safra terá 1,1 milhão de toneladas, com redução de 4,5% ante o mês anterior e de 12,5% em relação a 2015. Já a estimativa da produção da 3ª safra cresceu 1% frente ao mês anterior, para 437,9 mil toneladas, mas ainda assim 1,2% menor do que em 2015.

Trigo

A safra 2016 de trigo será de 6,2 milhões de toneladas, segundo o LSPA de julho. A estimativa é 2,1% menor do que a de junho, mas ainda representa alta de 15,9% ante 2015, na contramão das projeções para as safras de soja e de milho (quedas de 0,9% e de 20,5%, respectivamente), principais itens da produção agrícola nacional.

“Os produtores de trigo têm se desanimado com os problemas climáticos, o que tem levado ao aumento da área plantada com o milho 2ª safra”, diz nota divulgada pelo IBGE.

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