Temendo ataques de lagartas como a Helicoverpa e a falsa medideira, muitos agricultores ampliaram o número de aplicações de defensivos na última safra, fato que refletiu sobre o desempenho do setor. Balanço divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) aponta que o segmento fechou 2013 com salto de 18% no faturamento, que somou US$ 11,4 bilhões. Cerca de 40% dessa receita (US$ 4,5 bilhões), foi proveniente da venda de inseticidas.
Com o desempenho o Brasil manteve a liderança no mercado global de agroquímicos, superando os Estados Unidos, que ocupam a segunda posição e geraram receita de US$ 8 bi no ano passado. Em termos de volume, o mercado brasileiro movimentou 902 mil toneladas de produtos, 9,6% mais do que em 2012. Cerca de 408 mil toneladas (45%) foram importadas, confirmando a forte dependência do mercado externo. Mais da metade das vendas (51,3%) foi direcionada à cultura da soja, consolidando um aumento de 28,4% na comparação com o ciclo anterior. A cana-de-açúcar aparece bem atrás na segunda posição, com 10,1% de participação. Para este ano o Sindiveg projeta crescimento de 6% no faturamento, puxado pelas cadeias de algodão, café, milho e soja.
Genéricos
55% das vendas do setor de agroquímicos correspondeu a produtos genéricos, que em tese custam menos, aponta o Sindiveg.