A indústria de ração animal do Brasil, grande consumidora da produção agrícola nacional, deve encerrar o ano com volume produzido de 63 milhões de toneladas, semelhante ao registrado em 2012, um ano de retração para o setor, aponta o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
"A estabilidade deve ser mantida, talvez um sutil crescimento, caso o segmento de avicultura de corte tenha forte resposta nos últimos três meses", disse o vice-presidente executivo do sindicato, Ariovaldo Zani, em nota.
A produção de rações para aves, suínos e bovinos de corte registrou retração nos nove primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2012, em meio a uma perda de competitividade e produtividade das cadeias de produção animal, disse nesta sexta-feira (13) a entidade que reúne as indústrias de rações do país.
A queda tem sido compensada por outros setores, menos representativos na cadeia, como as rações para produção de ovos e de leite.
Nos nove primeiros meses do ano, a produção de rações para aves de corte recuou 1,3% ante 2012, para 22,1 milhões de toneladas. No mesmo período, a produção destinada à suinocultura recuou 0,6%, para 10,89 milhões de toneladas.
Para o Sindirações, em 2012 o retrocesso do setor foi motivado pela alta dos preços do farelo de soja e do milho, escassez de capital de giro e recuperações judiciais de produtores descapitalizados, entre outros fatores.
Agora, em 2013, a perda de competitividade e produtividade das cadeias de produção animal comprometeram a esperada recuperação, disse a entidade.
"A alta expressiva do milho e da soja verificada no segundo semestre de 2012 descapitalizou os produtores e imprimiu queda generalizada na produtividade das matrizes de ovos férteis", disse a entidade, ressaltando que a demanda da avicultura de corte recuou principalmente por causa da escassa oferta de pintainhos para alojamento.
A expectativa é que um consumo maior de rações nos últimos três meses do ano, impulsionado pela maior produção de aves e suínos para as festas de final de ano, ajude a compensar a queda dos nove primeiros meses.
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