O mercado internacional de grãos até ensaiou uma recuperação, mas fechou a semana em forte queda na Bolsa de Chicago. Em uma sessão bastante agitada, soja e milho oscilaram entre os dois lados da tabela na sexta-feira, mas acabaram cedendo à pressão do cenário macroeconômico e de uma série de indicadores negativos divulgados ao longo do dia.
Dados negativos sobre o desemprego nos Estados Unidos, o crescimento aquém das expectativas na China e as exportações semanais de soja norte-americanas decepcionantes aumentaram o nervosismo do mercado, que já vinha fragilizado pelas preocupações com a crise na zona do euro.
Desde o mês passado, a apreensão com o cenário macroenconômico europeu persegue os mercados globais. A falta de medidas eficientes e concretas que possam trazer solução aos problemas vividos no continente principalmente com relação à saúde financeira dos bancos espanhóis e ao impasse político na Grécia tem levado os fundos de investimento a diminuir sistematicamente o volume de posições compradas nos mercados agrícolas.
Com investidores nervosos, os grãos não têm conseguido se descolar da pressão negativa vinda do mercado financeiro. No pit do milho, foi como se houvesse três pregões em um único dia. A variação entre máxima e mínima registrada no julho/12 foi maior na sexta do que a oscilação dos três dias anteriores. Ao final da sessão, o contrato trocava de mãos a US$ 5,5150 por bushel (25,4 quilos). Em uma semana, o cereal perdeu 5% de seu valor. A soja, que terminou o pregão valendo US$ 13,4425 por bushel (27,2 quilos), caiu 3% na semana. Na comparação com a máxima recente, alcançada no final de abril, o contrato julho/12 recuou quase US$ 1,60/bushel (11%).
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