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estatística

Lançado no Paraná, Censo Agropecuário 2017 do IBGE começa dia 1º de outubro

O orçamento total do censo será R$ 770 milhões em 2017 e 2018. Para este ano, os recursos serão de aproximadamente R$ 500 milhões. | Divulgação/AEN
O orçamento total do censo será R$ 770 milhões em 2017 e 2018. Para este ano, os recursos serão de aproximadamente R$ 500 milhões. (Foto: Divulgação/AEN)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta segunda-feira (19), na sede da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), em Curitiba, o 10º Censo Agropecuário. Ao longo de cinco meses, a partir do dia 1º de outubro, 26 mil pessoas vão visitar 5 milhões de propriedades rurais levantando informações sobre a área, a produção, as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, entre outros temas. Os resultados do Censo devem começar a ser divulgados em meados de 2018.

O presidente do IBGE, Roberto Luís Olinto Ramos, explicou que o objetivo do levantamento é buscar detalhes que normalmente não são levados em consideração pelos estudos regulares, indo até o município, com perguntas pormenorizadas, de forma que se possa cobrir o Brasil inteiro, desde a agricultura familiar até o agronegócio. “As funções desta pesquisa são inúmeras. Desde a política pública, a capacidade do governo de saber exatamente onde fazer a melhor aplicação de recursos, a melhor política, até a questão acadêmica, no outro extremo, onde você tem espaço para fazer estudos dentro das universidades e dos institutos de pesquisa”.

O orçamento total do censo será R$ 770 milhões em 2017 e 2018. Para este ano, os recursos serão de aproximadamente R$ 500 milhões.

Segundo Ramos, devido às restrições orçamentárias, o Censo Agropecuário 2017 será reduzido, mas completo. “Vamos varrer todos os estabelecimentos do Brasil avançando nas informações que tanto nos fazem falta.” E adiantou que esse levantamento é a chave para a obtenção de informações para definir a questão do desenvolvimento sustentável no país. “Então, além de todas as informações que vão chegar de forma completa aos municípios, há, hoje, uma demanda internacional sobre a realidade municipal na questão do desenvolvimento sustentável”. Para o sucesso dessa radiografia do campo, o presidente do IBGE pediu que as entidades ajudem na divulgação do trabalho.

Paraná

No Paraná, 1.350 recenseadores vão visitar 372 mil propriedades. Na cerimônia de lançamento do Censo, a governadora em exercício do Paraná, Cida Borghetti, disse que as informações precisas ajudarão a nortear políticas públicas, aperfeiçoar ações e orientar investimentos para os próximos anos. “É, sem dúvida, um trabalho de importância econômica, social e ambiental”.

Para o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o levantamento é importante, principalmente devido às mudanças que o setor passou nos últimos dez anos – o último levantamento é de 2007. “A produção agropecuária brasileira cresceu quase 80% nesse período. Só no Paraná, aumentamos quase 13 milhões de toneladas de grãos nesse setor, o que sinaliza o quanto estado mudou nesse período. O sistema cooperativo recebe quase 60% da produção agropecuária paranaense e, por isso, temos um grande compromisso em apoiar o Censo, mesmo porque precisamos das informações”, destacou.

Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, o Censo vai dar um retrato mais nítido da agropecuária brasileira. “Isso mostrará que o desenvolvimento do setor nos últimos anos foi mais pujante que do que imaginamos. Trabalhamos nesses anos meio sem rumo. Mas, com o Censo, vamos ter dados confiáveis que permitirão um planejamento mais acertado, facilitando tanto aos governadores, quanto aos prefeitos e produtores a tomada de decisões mais apuradas para alavancar a produção agropecuária”, ponderou.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, disse que o levantamento que será efetuado pelo IBGE, “é fundamental para conhecer realidades, ou seja, saber quem e quantos somos, como nos organizamos, enfim, como é dinâmica que temos no meio rural. E isso ajudará a calibrar políticas dos governos municipais, do estado e federal, das empresas, das cooperativas para o setor”.

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