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Um dos grandes produtores de laranja de Paranavaí, João Luiz Pasquali, espera colher 150 mil caixas nesta temporada. Ele ocupa os 247 hectares da propriedade com a cultura e afirma que, nesta década, ainda não sabe o que é lucrar com a atividade. "Tra­­balhamos os últimos anos no vermelho, mas mantivemos a produção de olho numa reação como a que está prevista para este ano." Pasquali alega que o custo de produção de uma caixa de laranja está em R$ 6 e qualquer preço abaixo disso inviabiliza a cultura. "Na safra passada vendemos a caixa a R$ 5,20 e passamos apurados para pagar as contas." E o que anima ainda mais é que a previsão é positiva também para os próximos anos.

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Segundo Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab), a previsão positiva para a safra paranaense em 2010 ocorre porque dois dos grandes produtores mundiais enfrentam problemas e queda de mais de 10% na produção. Um deles é o estado de São Paulo, onde o ataque do greening (uma das pragas mais terríveis da citricultura e que obriga o corte da planta infectada) se acentuou nos pomares.

 

Produção no estado

O Paraná entrou na cultura da laranja em 1988. Até aquele ano, chegava a importar de São Paulo 97% da fruta para o consumo e indústria. Agora, o estado está com 23 mil hectares e registra um crescimento de 7% ao ano, segundo dados fornecidos pelo Deral. Os números da produção na safra passada ainda estão em fechamento, mas deve ficar em torno de 16 milhões de caixas de 40,8 quilos cada, desempenho similar ao previsto para a o ciclo atual. Com isso, o estado reduziu para 60% a importação de laranja de São Paulo, conforme o Deral.

A maior região produtora do Paraná é a de Paranavaí, com 45% da área, seguida por Maringá, com 22%, Londrina, 13% e Umua­­rama, 5%.

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