Responsável por mais de US$ 1,6 bilhão de arrecadação somente com exportações de suco em 2009, a laranja agora também faz parte dos levantamentos de safra do Ministério da Agricultura (Mapa). O primeiro estudo oficial foi divulgado ontem, em Brasília, e contemplou apenas o estado de São Paulo, dono da maior produção nacional da fruta – 297,2 milhões de caixas (40,8 kg). O objetivo do é anunciar os levantamentos de safra de laranja três vezes por ano, nos meses de março, julho e dezembro. O Paraná, quinto colocado no ranking brasileiro, e os outros quatro estados que concentram 20% da produção de laranja no país – Bahia, Minas Gerais e Sergipe – devem ser incluídos no levantamento do órgão em 2011.

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Com produção estimada em cerca de 15 milhões de caixas de laranja para 2010, o Paraná destina a maior parte do produto a três indústrias processadoras de suco que atuam no estado. Leandro Teixeira, coordenador técnico da Cocamar, uma das principais co­operativas agroindustriais que comercializa o suco de laranja, acredita que 95% da produção paranaense se transforma em suco e somente 5% é destinada ao mercado in natura. Ele conta que, em 2009, a Cocamar recebeu quatro milhões de caixas para o processamento da laranja e a expectativa é de que em 2010 esse volume caia para 3,10 milhões de caixas por conta da esperada redução da produção deste ano em relação ao ciclo anterior. A queda está atribuída ao clima, que este ano prejudicou o desenvolvimento dos pomares paranaenses numa época crucial.

"Ano passado, o clima foi favorável com a presença do El Niño, este ano não. Tivemos um problema de seca por cerca de 60 dias na época de floração, mas agora a sanidade dos pomares está relativamente boa com a chegada das chuvas", revela o técnico.

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Com um dado oficial de acompanamento de safra, relativos a área total, produção, produtividade e condições climáticas, o Mapa acredita que a cadeia produtiva poderá balizar o plantio e os preços do produto.