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‘Lavoura’ de pinheiros traz renda extra e certa no Natal

Ponta Grossa - Pinheirinhos naturais de Natal garantem renda extra em viveiro de plantas na cidade de Porto Amazonas, a 70 quilômetros de Curitiba, nos Campos Gerais. A venda para seis estados do país prevê cerca de R$ 100 mil em faturamento para dezembro deste ano. Mesmo sofrendo os impactos da crise, a empresa aposta no futuro e já conta com 80 mil pinheiros plantados, sendo 28 mil prontos para o mercado, com idade entre 2 e 3 anos.

O agrônomo e proprietário da Belvedere Plantas, Edson Anderman, comenta que a região tem um dos melhores climas do país para a plantação de pinheiros. A propriedade cultiva em uma área de 20 hectares os pinheiros (coníferas) cedro macarrão, glauca e tuia maçã. A Tuia Maçã é chamada assim por ter um aroma de maçã em seus arbustos.

Supermercados, floriculturas e até lojas de materiais de construção estão entre os pontos de venda no Paraná, que absorvem 50% do que é comercializado. A outra metade é levada preferencialmente para os estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, segundo o agrônomo, os pinheiros naturais de Natal também vão, embora em menor escala, para os estados da Bahia e Minas Gerais. "O problema de vender para locais distantes e com o clima muito diferente do nosso é que em grande parte os pinheiros não resistem vivos por muito tempo e com isso duram menos como enfeite natalino."

O valor do pinheiro natural está entre R$ 30 e R$ 60 no varejo. O tamanho, com o vaso, fica em torno de um metro e meio. Nos mercados são divididos, com preços diferenciados, em médio e grande.

O pinheiro consegue sobreviver no vaso durante 20 dias, mas, mesmo sem vida, a coloração se mantém por mais tempo. "É impossível manter o mesmo pinheiro envasado para o Natal seguinte. Podemos dizer que esse produto natural é descartável", comenta Carlos Tramujas, também agrônomo.

Demanda

César Tozzeto, proprietário de uma rede de supermercados em Ponta Grossa, manteve o mesmo volume de compras do ano passado. "É um negócio garantido. Caso não seja vendido tudo, trocamos por outras mercadorias do viveiro que têm saída no ano inteiro."

José de Almeida Júnior, dono de um viveiro em Castro (também nos Campos Gerais) que compra de Porto Amazonas, não está tão animado com as vendas deste ano. Segundo ele, em final de setembro do ano passado já havia encomendas e em 2008 são poucos os pedidos mesmo em dezembro. "Pretendo comprar uns dez e deixar em exposição para chamar a atenção dos clientes", comenta.

Anderman admite que a crise fez com que este ano os negócios ficassem um pouco mais tímidos. "Já vendemos bem mais, mas, em virtude da crise, aumentaram os preços dos insumos e vasos e tivemos que repensar algumas metas", avalia. Segundo ele, o faturamento já chegou em anos anteriores a R$ 200 mil.

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