Depois de cinco anos de negociação, o Congresso norte-americano finalmente chegou a um acordo a respeito da nova lei agrícola (Farm Bill). A proposta apresentada por líderes do Senado e da Câmara reduz em pelo menos US$ 24 bilhões os gastos federais com os subsídios aos produtores nos próximos dez anos. O projeto de 949 páginas será levado para votação na Câmara dos Deputados ainda nesta semana e deve ir a plenário no Senado na semana que vem. Se aprovado nas duas casas, acabará com um programa de pagamentos diretos de quase 18 anos. O dinheiro seria usado para criar duas novas modalidades de seguro agrícola que funcionariam como programas de garantia de renda sempre que os preços das commodities caírem abaixo de níveis pré-estabelecidos pelo governo.
Em paralelo à reformulação da lei agrícola, os EUA também estão prestes a definir novos rumos para a política do etanol. Pela nova lei, a mistura de biocombustíveis na gasolina vendida no mercado norte-americano seria reduzida a 15,2 bilhões de galões em 2014. O volume, composto sobretudo de etanol de milho, é cerca de 16% menor que o estipulado pelo Congresso na lei de combustíveis renováveis de 2007.
US$ 24 bilhões deixaram de ser gastos pelo governo norte-americano com programas de pagamento direto aos produtores. Dinheiro seria usado para criar seguro de renda agrícola.