Somente 85% do milho foi vendido, mas houve disputa regional pelos prêmios no primeiro leilão público desta safra de inverno. O leilão ocorreu nesta quarta-feira (20) e deve escoar 898 mil toneladas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, ante um limite de 1,05 milhão de toneladas.

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Com a disputa pelos prêmios, a Conab conseguiu baixar os bônus, que chegavam a R$ 4 por saca no norte de Mato Grosso. Assim, a operação acabou custando menos do que o previsto: R$ 29,12 milhões. A companhia tem R$ 500 milhões disponíveis para dez leilões (ou 10 milhões de toneladas).

O chamado Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) é oferecido pelo governo para compensar valores de mercado abaixo do preço mínimo oficial. Recebe o prêmio quem se propõe pagar esse preço de referência aos produtores. O preço mínimo é de R$ 13,56 por saca de 60 quilos em Mato Grosso. O mercado está pagando a partir de R$ 10,50 por saca em Sorriso, região onde o prêmio poderia ir até R$ 4/sc.

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Com os leilões de Pepro, o fluxo de negócios de milho deverá aumentar, propiciando que o produto chegue às regiões portuárias, o que colabora para um aumento da exportação do país no segundo semestre, segundo analistas.

Nas regiões norte, centro-oeste, centro-sul e sudeste de Mato Grosso, que concentram boa parte das lavouras de milho do estado, e em Goiás, foram arrematados todos os lotes disponíveis, com deságios variando entre 44% e 10%.

Os descontos aceitos pelos produtores em relação ao prêmio inicialmente oferecido pela Conab indicam forte competição no leilão. Apenas no nordeste de Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul não foram arrematados todos os lotes disponíveis.

Diversas entidades representativas de produtores haviam pedido nas últimas semanas ao Ministério da Agricultura a realização de novos leilões de Pepro, num momento em que os preços do grão estão perto do menor patamar em 4 anos no mercado doméstico.

No Paraná, onde a oferta também pressiona os preços de mercado, as cotações (R$ 18,78) ainda estão acima do preço mínimo (R$ 17,67). O governo cogita até dez leilões do tamanho do realizado hoje, com R$ 500 milhões disponíveis.

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