A liderança de Castro no leite o município é o maior produtor nacional do alimento, com 138 milhões de litros ao ano não vem sendo conquistada e mantida facilmente. Na reportagem de capa do Caminhos do Campo, fica claro que o planejamento não é deixado de lado em momento algum pelo setor.
A região costuma concentrar a produção no inverno, quando os preços são melhores. As vacas holandesas, bem adaptadas ao frio, rendem até mais nessa fase do ano. A seleção genética de mais de 50 anos permite que os animais que participam do torneio da Agroleite atinjam marcas de até 45 litros ao dia. É como se uma vaca rendesse seu peso em leite em duas semanas.
Agora as atenções recaem sobre a qualidade do produto. Não basta quantidade, é preciso garantir teor de sólidos, gordura, proteínas. Assim, consegue-se melhores preços. Para isso, conta muito a alimentação do animal, o ambiente em que ele vive e, principalmente, suas características genéticas.
A vaca holandesa branca e preta chegou próximo do que os pecuaristas consideram ser o teto da produção em volume. Agora, surge a holandesa vermelha e branca, que pode chegar perto das mesmas marcas e garantir um leite mais pesado. Os animais apresentados hoje são fruto de apostas feitas há pelo menos dois anos.
E não é à toa que os pecuaristas de todo o Brasil se voltam para a Agroleite nesta semana. Conferir os reais resultados que essa variação da raça holandesa oferece pode determinar mudanças importantes no setor.
Foram as experiências desenvolvidas na bacia leiteira dos Campos Gerais que ajudaram outras regiões do Paraná a ampliar a produção. Sudoeste e Oeste do estado avançam a passos largos com vacas holandesas pretas e brancas. E são regiões mais quentes que Castro. Ou seja, a alternativa da vaca vermelha e branca pode ajudar a pecuária leiteira paranaense a ganhar posições no ranking nacional. Segundo os últimos dados consolidados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2008, o primeiro lugar é de Minas Gerais (27,8%), o segundo do Rio Grande do Sul (12%) e o terceiro de Goiás (10,4%). O Paraná vem milímetros atrás, com 10,3% da produção nacional.
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