Maggi vai cobrar compensa-ções pelas práticas e regras ambientais seguidas por agricultores brasileiros.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil

tem 61% de suas matas nativas preservadas e que faz uso de energias limpas, além de ser responsável por 14% da água doce do planeta. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o País também adota práticas preservacionistas no cultivo de soja e trigo.

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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defenderá na COP 22, a Conferência da ONU sobre o clima em Marrakech, no Marrocos, que os produtos agrícolas brasileiros tenham preferência no mercado global. A justificativa, segundo o Ministério, é de que a produção brasileira cumpre regras ambientais rigorosas, diferentemente de outros países que também são produtores de alimentos.

O ministro vai reforçar que o Brasil tem 61% de suas matas nativas preservadas e que faz uso de energias limpas, além de ser responsável por 14% da água doce do planeta. O País adota práticas preservacionistas no cultivo de soja e trigo. Blairo Maggi, que é também um dos maiores produtores de soja do mundo, falará na quinta-feira, 17, no painel “O papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris”.

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O assessor especial do Ministério para Desenvolvimento e Sustentabilidade, João Campari, que também viaja para a COP 22, diz que Maggi cobrará compensações pelas práticas e regras ambientais seguidas por agricultores brasileiros. “Queremos ser compensados de alguma forma por todos esses cuidados que são compartilhados com o bem-estar da população dos demais povos”, destaca. “Temos aqui leis muito severas para o uso da terra, mais do que em qualquer outro país”.

Blairo Maggi também participará do lançamento da Plataforma para o Biofuturo, que visa a aproveitar a tecnologia existente no tratamento de resíduos para produção de combustíveis celulósicos, como o etanol obtido da biomassa de cana-de-açúcar. E deverá se encontrar com o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o brasileiro José Graziano da Silva.

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Silva, e o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, também viajam a Marrakech. Segundo o Ma, o objetivo da conferência é garantir a redução das emissões de CO2 (gás carbônico) na atmosfera para conter o aquecimento global.