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Riqueza paranaense

Maior cooperativa da América Latina faturou R$ 10,7 bilhões em 2015

Agroindústrias ajudaram a impulsionar crescimento no faturamento da Coamo em 2015. | HENRY MILLEO / Gazeta do Povo
Agroindústrias ajudaram a impulsionar crescimento no faturamento da Coamo em 2015. (Foto: HENRY MILLEO / Gazeta do Povo)

Maior cooperativa de produção agrícola da América Latina, a Coamo, de Campo Mourão (região Central do Paraná), caminhou na contramão da crise econômica brasileira em 2015. A empresa registrou um faturamento de R$ 10,7 bilhões no último ano, valor recorde na história do negócio e que consolida crescimento de 22,8% ante o desempenho de 2014. Os dados foram anunciados nesta sexta-feira (12), durante a 46ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), quando são apresentados aos cooperados os resultados do ano que passou.

O desempenho só não foi ainda maior pois parte da produção de 2015 só será contabilizada em 2016, pontua o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. Ele acredita que o agronegócio foi eficiente para contornar o cenário adverso do país e vai continuar crescendo. “Nós trabalhamos com alimentos e isso as pessoas sempre vão precisar, então eu acho que nosso setor não enfrentará grandes problemas”, avalia.

O salto do faturamento é comprovado pelos dados expressivos de movimentação. A cooperativa recebeu 7,04 milhões de toneladas de grãos no ano passado, volume que equivale a 3,4% de toda a produção nacional. Deste total, 3,5 milhões foram direcionados a exportação, movimentando a cifra de US$ 1,17 bilhão em 2015.

Gallassini destaca que uma parcela significativa do crescimento da cooperativa veio do Mato Grosso do Sul, onde ainda há áreas disponíveis para a expansão da produção. Por essa razão a região vai receber mais investimentos em 2016. “O agronegócio sempre contribuiu positivamente durante as crises, como foi o caso de 2008, e vai continuar contribuindo”, aponta. Ao todo a empresa conta com 112 unidades, instaladas também no Paraná e em Santa Catarina.

Para Gallassini, é possível ampliar ainda mais o faturamento neste ano, mas tudo dependerá do fator cambial. “O dólar é que vai definir, já que os preços da soja e do milho não estão tão favoráveis nas bolsas internacionais”, pontua. Ele lembra que neste ano a situação foi tão favorável que a cooperativa chegou a exportar um milhão de sacas de milho para os Estados Unidos, mesmo com a safra altamente positiva no país.

Ganho coletivo

O lucro do negócio também respinga no bolso dos 28 mil associados vinculados a cooperativa. Os cooperados receberão neste ano R$ 320 milhões equivalentes as “sobras”, que são uma parcela do faturamento devolvida ao final do exercício.

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