A intervenção do governo chinês no mercado de milho pode fazer com que o país importe volume maior que o previsto em 2013. Com a intenção de garantir o abastecimento interno e controlar as cotações domésticas, Pequim mantém estoques reguladores do grão. Mas o tiro parece ter saído pela culatra.
Segundo boletim do Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Oleaginosas da China, “os enormes volumes detidos pelo Estado reduziram a oferta doméstica e elevaram os preços do milho na China em cerca de 15% acima dos preços norte-americanos, o que poderia fazer com que tradings e fábricas de ração importem mais”.
Apesar de alertar que as importações chinesas de milho podem ser maiores em 2013/14 após o país voltar a importar o grão argentino, o centro chinês de informações de grãos manteve sua estimativa para as compras do cereal em 5 milhões de toneladas.
Nas contas do Usda, o departamento de agricultura dos EUA, as aquisições do país asiático devem somar 7 milhões de toneladas.
Esse era previsto para 2012 nesta mesma época do ano passado, mas o próprio Usda acabou aferindo 3 milhões de toneladas no final do ano. O recorde ainda são os 5,23 milhões de toneladas de 2011/12.
Reservas gordas
30,8 milhões de toneladas de milho foram compradas pelo governo chinês até o final de maio, 10 milhões de toneladas a mais do que o mercado calculava.
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