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Tomada a decisão pela esfera do poder estadual, dentro de 9 dias o Paraná começa a provar que tem toda a estrutura necessária para ser considerado como área livre da febre aftosa sem vacinação. As primeiras auditorias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estão agendadas para maio.

Inicialmente, o trabalho de fiscalização será concentrado na peste suína clássica (PSC), para verificar se o Paraná concluiu a reforma de 23 barreiras sanitárias nas divisas com outros estados e a contratação de 169 servidores para a Adapar, conforme insiste o Mapa. Isso garantiria o reconhecimento internacional de que a PSC não circula em território paranaense, independentemente de vacina.

No caso da febre aftosa, as regras são as mesmas. Por isso, embora as auditorias relativas à doença ainda não tenham sido oficialmente solicitadas (o prazo vai até novembro), o cumprimento dessas exigências é um avanço para o rebanho bovino.

“Nós vamos deslocar fiscais de outros estados para avaliar in loco o pessoal, a estrutura física desses postos, se eles têm segurança. É preciso ter um policial, porque o posto funciona 24 por dia, sete dias por semana”, explica o diretor do departamento de saúde animal do Mapa, Guilherme Marques. “O que fazemos é uma amostragem, nem todos os postos vão ser visitados, necessariamente, mas isso pode mudar caso a caso”, frisa.

Em relação às barreiras, o presidente da Adapar, Inácio Kroetz, afirma que o trabalho de adequação já começou, mas não haveria possibilidade de afirmar em que estágio ele se encontra. “É tudo feito ao mesmo tempo, mas confiamos em cumprir o cronograma”, salienta.

No entanto, há quesitos específicos para a febre aftosa que precisam ser corrigidos. “Nas últimas auditorias, ficou constatado que era preciso melhorar a vigilância, o tempo de resposta para as notificações”, pontua Guilherme Marques. O tempo ideal entre a suspeita da doença e o envio das amostras ao laboratório é de 24 horas.

Caso tudo esteja em ordem, o Paraná avança para suspender a imunização do gado em novembro e, a partir daí, em maio de 2016, pleitear o status de livre da aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O processo costuma levar, em média, um ano.

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