Modelos de ensino como o do Colégio Agrícola e a Casa Familiar Rural ajudam a capacitar um campo que ainda lida com o êxodo da força de trabalho. Ao demonstrar todas as possibilidades que uma propriedade pode render, os jovens têm o incentivo necessário a continuar nessa área, destaca Douglas Taques, diretor do Colégio Augusto Ribas.
O movimento ganha ainda mais força em um momento em que o meio urbano mostra pouco interesse pela zona rural, conforme indica um levantamento exclusivo feito pelo Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo.
Foram ouvidas 1.640 pessoas em 68 municípios – amostra que representa todo o estado. Do total de entrevistados, 76,8% afirmaram não ter interesse em atuar na atividade rural. A falta de afinidade (31,8%) e a ideia de que os salários são baixos (19,8%) estão entre os principais motivos para a resposta negativa.
“Ainda existe um tabu quanto ao agronegócio. As pessoas não o veem como uma grande oportunidade profissional”, explica Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas.
Apesar do desinteresse, a maioria dos entrevistados (70,31%) acredita que a qualidade de vida é melhor em pequenas e médias cidades, reduto da maior parte da produção agrícola. A exceção está no público com idade entre 16 e 24 anos, que prefere os grandes centros.
Hildalgo explica que aspectos como o lazer acabam fazendo a diferença para os jovens. “É uma questão de imagem. Quando se fala em agronegócio muitas pessoas ainda pensam em pequenas empresas ou em um trabalho no meio do mato”, aponta.
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