Nesta segunda-feira (10), o Departamento de Agricultura dos Estados (Usda) deve realizar novos cortes na estimativa de oferta de grãos para a América do Sul. A projeção da colheita brasileira de soja deve ter o maior recuo, conforme pesquisa realizada junto a traders internacionais. Afetada por calor excessivo no Sul do país e por chuvas acima da média no Centro-Oeste, a produção da oleaginosa tende a recuar para 88,1 milhões de toneladas. No mês passado, o potencial era de 90 milhões de toneladas.
No quadro de milho, a expectativa é de um corte em torno de 1 milhão de toneladas. Com isso, a colheita do cereal alcançaria pouco mais de 69 milhões de toneladas, contra 70 milhões de toneladas projetados há um mês. Apesar da queda, o Usda tende a considerar crescimento de 6 milhões de toneladas de soja na produção brasileira e de 4 milhões de toneladas na argentina. Já para o milho, o recuo seria de 12 milhões e 3 milhões de toneladas, respectivamente.
No quadro argentino, o Usda também deve rever para baixo sua aposta de colheita de soja e milho. No caso da oleaginosa, a expectativa é de o número caia para 53,5 milhões de toneladas -- 500 mil toneladas abaixo do projetado no mês passado. Para o milho, o corte deve ser de menos de 750 mil toneladas, com uma produção estiamada em 23,3 milhões de toneladas.
O corte de 2 milhões de toneladas na produção brasileira de soja e de 1 milhão de toneladas de milho, que o mercado espera ver nos números do Usda promete sustentar as cotações dessas commodities. Somado à redução de 500 mil toneladas de soja e 650 mil toneladas no milho, esperadas nos números da Argentina, esse recuo torna a disponibilidade de grãos menos farta no mercado internacional.
A soja encerrou a semana valendo US$ 14,57 por bushel na Bolsa de Chicago, com alta de 20 pontos na sexta-feira, e o milho a US$ 4,81, com recuo de 4 pontos. Nesses patamares, as cotações seguem acima do previsto para a oleaginosa e na linha traçada para o cereal. Dependendo dos números do Usda, podem cumprir ou não tendência de queda ante a pressão da colheita sul-americana.
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