O Brasil deve registrar aumento de 10% no consumo interno de aves em 2012 sobre as 9,1 milhões de toneladas distribuídas neste ano. O porcentual é o dobro do previsto para as exportações (5%), que dão destino a um terço da produção interna. O crescimento da demanda nacional está relacionado diretamente ao aumento do poder aquisitivo da população. De acordo com dados do setor, a cada R$ 10 a mais na renda dos brasileiros, R$ 0,50 (5%) são usados para compra de alimentos e, desse valor, metade vai para a cadeia do frango.

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"O consumo per capita no Brasil está em 44 quilos por ano. Em breve, podemos alcançar países como o Japão, onde a marca é de 60 quilos por ano", afirma Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar). A escassez e o encarecimento das proteínas em geral faz o brasileiro escolher a carne de ave, mais barata que a suína e a bovina.

O aumento do comércio beneficia diretamente o mercado avícola paranaense, maior produtor nacional de frango – responsável por 25% da carne industrializada no país. A atividade, da produção de ovos ao frango de corte, emprega, de forma direta ou indireta, 5% da população do estado (550 mil empregos).

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Diante da previsão de crescimento do setor no próximo ano, algumas empresas paranaenses estão prevendo investimento para acompanhar o crescimento do setor.

O grupo GTFoods, antiga Frangos Canção, vai contratar mais mil trabalhadores para complementar o trabalho dos atuais 5.200 funcionários. A produção mensal do abatedouro de Maringá, no Noroeste do estado, gira em torno de 17 mil toneladas de frangos.

"Temos planos de crescer 24% em 2012, passando de 370 cabeças para 420 mil cabeças abatidas por dia", conta Ciliomar Tortla, diretor industrial da GTFoods. Pela primeira vez na história, a empresa deve ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão em faturamento no próximo ano.