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As restrições à pulverização aérea ainda não saíram do papel, mas já impactam a atividade rural. Na zona de abrangência da C.Vale, cooperativa localizada em Palotina (Oeste), cerca de 120 mil hectares de lavouras dos associados têm agrotóxicos aplicados por aviões, que por enquanto não saíram dos hangares. “Isso significa perdas, pois o uso do trator no estágio atual da soja gera cerca de 6% de esmagamento das plantas, o que para uma produtividade entre 55 e 60 sacas por hectare representa até 3 sacas de prejuízo”, explica Luiz Pedroso, supervisor do Departamento Agronômico da empresa.

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A medida do governo interrompe um ciclo de expansão da prática na região. “A atividade vinha crescendo significativamente nos últimos dois anos, devido a vantagens como menor custo, qualidade e agilidade na aplicação”, complementa. Pedroso sustenta que, caso as normas mais flexíveis demorem a ser oficializadas, o combate às pragas pode ser ineficiente.

Considerando o estado como um todo, os prejuízos são proporcionalmente menores do que em Mato Grosso, por exemplo, pois a área pulverizada com uso de aviões é menos representativa, explica João Miguel Toledo Tosato, agrônomo responsável pelo setor de agrotóxicos na Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). “Aqui a maioria ainda faz o serviço usando tratores”, pontua.

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