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O Paraná ainda não conseguiu recuperar o mercado perdido com a crise da aftosa em 2005. Levou três anos para retomar as exportações de carne bovina para a União Europeia (UE), região consumidora que baliza o preço do produ­­to no mercado internacional. Até hoje, só 40 fa­­zen­­das paranaenses conseguiram entrar para a lista de fornecedores oficiais da UE. O estado tem 220 mil propriedades agropecuárias.

A suspensão da vacinação promete facilitar as vendas à UE e aos mercados que seguem as regras europeias. A vacina é considerada um indício de fragilidade sanitária, interferindo também na avaliação da carne de suínos e aves. Nova demonstração de que as exigências continuam ri­­go­­rosas foi dada semana passada. A Irlanda voltou a pedir a suspensão das importações de carne bovina brasileira pela UE, após a identificação da presença excessiva de um vermífugo em alimento termoprocessado vendido pelo Brasil aos Estados Unidos.

Enquanto as exportações não deslancham, a carne bovina paranaense vem sendo distribuída no mercado interno. As cotações seguem na faixa de R$ 75 a arroba (boi gordo) há três anos, conforme histórico de preços ao produtor acumulado pela Secrataria Esta­­dual da Agricultura (Seab).

O status de área livre sem vacinação deve ser alcançado após auditoria do Ministério da Agri­­cul­­tura, Pecuária e Abaste­­cimen­­to (Mapa), a ser marcada para o se­­gundo semestre. Independente dessa auditoria, o rebanho estadual, estimado em 9,6 milhões de cabeças, deve passar por testes de aftosa. Após aprovação do Mapa é que o estado poderá reivindicar o novo reconhecimento sanitário internacional.

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