Retrato da média dos produtores do Paraná, Guilherme Pelisson Filho, de Marialva (Norte), cultiva 60 hectares, lavoura considerada pequena para os padrões do Centro-Oeste ou da nova fronteira agrícola formada pelos estados do Maranhão, Piauí, Tocantis e Bahia (MaToPiBa). No entanto, seus planos coincidem com a tendência desta safra e o colocam ao lado de agricultores que estão há mais de 2 mil quilômetros de distância. "Esse ano, aumentei a área de soja e diminuí a do milho. Só deixei de lado o pasto e a reserva verde."
Foi assim também na fazenda de Martin Luiz Beilfuss, que mora em Nova Santa Rosa, no Piauí, a pelo menos dois dias de estrada do Paraná. Ele ampliou a área de soja de 500 para 590 hectares e conseguiu manter a do milho em 100 hectares. Cultivando dez vezes mais terras que Pelisson, sente-se compelido a elevar a produção da mesma forma. "Para ter um custo menor e um retorno mais sustentável, só produzindo cada vez mais", afirma.
"Nossa grande dúvida é sobre como as menores áreas vão se sustentar no futuro", diz Beilfuss. Enquanto não há um limite definido para a sustentabilidade das áreas de grãos, os produtores que não podem comprar mais terras continuam investindo em insumos e adotando melhores práticas de manejo, relata.
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