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A previsão de que a safra nacional de grãos tende a ficar em 160 mi­­lhões de toneladas, lançada na última semana pela Companhia Nacional de Abas­­te­­cimento (Conab), revela-se extremamente cautelosa. O número representa recuo de ao menos 2 milhões de toneladas em relação ao rendimento de 2010/11.

A projeção tende a ser revista, para cima, como ocorreu nos úl­­timos meses. O Caminhos do Campo registrou, no último ci­­clo, uma sequência de reavaliações por parte da Conab que so­­maram 8 milhões de toneladas à produção de grãos do país depois de iniciada a colheita de verão.

A cautela do levantamento sobre 2011/12 – o primeiro de uma série de 12 estudos – está mais relacionada à metodologia de elaboração dos números do que propriamente ao risco de o La Niña provocar seca no Sul do país. O clima foi apontado como fator negativo à produção. Porém, os técnicos e diretores da própria Conab afirmam que ainda é muito cedo para se avaliar o impacto do fenômeno.

Na última safra, o La Niña também se configurou, mas não houve estiagem como se temia. As chuvas irregulares, anunciadas e confirmadas, provocaram quebras expressivas apenas em Mato Grosso do Sul e parte de Goiás, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. Os números sobre a produção nacional seguiram em alta.

A questão é que as projeções da Conab seguem as médias dos últimos cinco anos. Por essa metodologia, num país em que a produtividade avança continuamente, as previsões iniciais sempre serão menores que os números da temporada anterior. A não ser em anos posteriores a safras decadentes. O que não é o caso do ci­­clo atual, que segue os recordes históricos de 75 milhões de toneladas de soja e de 162 milhões de toneladas de grãos.

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