Os Campos Gerais vão insistir até a data limite de cultivo para então cogitar a possibilidade de redução da área de milho inicialmente prevista para a safra 2007/08. Ao contrário do Oeste e Sudoeste, onde parte da área que seria destinada ao cereal migrou para a soja, a Ex-pedição Caminhos do Campo apurou que em relação ao ano passado os produtores e as cooperativas da região devem aumentar em 6,4% o plantio. A variação utiliza como base de cálculo a área total dos Campos Gerais projetada para o milho pelo Departamento de Econo-mia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura.
A amostragem, com dados preliminares, contempla praticamente a metade da área de 670 mil hectares que deve ser destinada ao milho nas regiões de Ponta Grossa, Castro, Tibagi, Curitiba e da Lapa, mais ao Sul do estado. No Oeste e Sudoeste, onde é dada a largada da safra de verão, a sondagem apontou para uma redução de 4,47% na intenção de plantio. O motivo está, basicamente, na falta de chuva.
Nos Campos Gerais, os produtores estão tendo que escalonar o plantio para aproveitar os curtos e localizados períodos com precipitação. Os cooperados da Castrolanda, por exemplo, semearam pouco mais de 10% do milho, quando o cultivo já deveria estar terminando. Mesmo assim, explica Frans Borg, presidente da cooperativa, a intenção de plantar os 33 mil hectares deve ser mantida até a última hora. De acordo com o dirigente, se as chuvas se normalizarem é possível estender o prazo até o início da segunda quinzena de outubro.
Na propriedade em Curiúva, a 270 quilômetros de Curitiba, o produtor Sidney Tsura decidiu reduzir a aposta no milho. "Era para estar 100% plantado (quinta-feira, dia 27), mas por falta de umidade a plantadeira nem saiu do galpão", lamenta Tsura. A preocupação do agricultor é com as operações de máquina nos tratos culturais. O atraso no plantio pode coincidir o manejo do cereal com o da soja no desenvolvimento da lavoura, inclusive na colheita. Sem poder plantar, na semana passada ele já havia reduzido a intenção de cultivo da área de milho de 80 para 50 hectares. A diferença será absorvida pela soja, que vai ocupar pouco mais de 600 hectares.
A soja cresce na mesma proporção do milho. A variação de área da oleaginosa pode chegar a 6%. A co-bertura com semente transgênica deve ficar próxima de 25%. Confirmada a expectativa, a variação em relação a safra anterior será de 26% na região.
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