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Apesar da exuberância, as lavouras da segunda safra de milho do Paraná chegaram à fase crucial de desenvolvimento com falta de chuva. Em algumas regiões a seca dua 30 dias.  Ao visitar o Oeste, Centro-Oeste, Noroeste e Norte do estado nos últimos dias, a equipe de técnicos e jornalistas da Expedição Milho Brasil conferiu que o potencial produtivo do cereal é alto, mas, para que os rendimentos esperados se concretizem, a chuva precisa chegar. E rápido. “Toda a minha área está em fase de enchimento de grão. A tecnologia tem ajudado a segurar a falta de água, mas não tenho como definir a produtividade neste momento”, relata o produtor Dirceu Tezolin, de Maringá (Noroeste). Se a umidade voltar ao campo, ele espera colher 115 sacas de milho por hectare. Isso porque o plantio ocorreu dentro da janela ideal de clima, apesar de as chuvas terem atrapalhado a colheita de verão, e também pelo bom desenvolvimento das plantas. “Ainda temos 60 dias de lavoura pela frente. E tem o risco de a geada comprometer a produtividade”, acrescenta o agrônomo da cooperativa Integrada, Fabio Tutida, em Londrina. A previsão indica que o fenômeno típico do inverno pode chegar ao Norte do estado na próxima semana. Mesmo que maior parte da área de milho dos associados da Coamo ainda precise de chuva, a cooperativa acredita que os rendimentos médios deste ano podem se igualar aos do ano passado. “Por enquanto estamos quebrando, mas temos que esperar. Acredito que mais duas ou três doses de chuvas [ de cerca de 30 milímetros] sejam suficientes”, diz o presidente da Coamo,  José Aroldo Gallassini. No inverno passado, o rendimento médio na área da cooperativa ficou em cerca de 4,8 mil quilos por hectare. O Oeste paranaense é a região que tem maior vantagem em relação aos demais polos produtivos do estado. Está com lavouras adiantadas. Na área de atuação da Coopavel,  2% das lavouras estão em maturação; 8% em desenvolvimento vegetativo, 38% em florescimento e 52% em enchimento de grão. “Ano passado, colhemos 5 mil quilos por hectare e até agora não observamos quebra na safra, porque a terra está com boa umidade. Um agrônomo nosso definiu que 70% da área estão boas e 30% excelentes”, diz Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, que tirou umas horas do feriado do Dia do Trabalho para conversar com a equipe da Expedição.    

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