O mercado de grãos tomou impulso nas previsões de clima quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos e encerrou a semana com saldo positivo na Bolsa de Chicago, após quinze dias em queda. Para o milho, foi o maior avanço semanal em mais de um ano. Os papéis com vencimento em julho, que ocupam a primeira posição de entrega, avançaram 4 pontos no dia e 46,5 pontos na semana ao encerrar a sexta-feira valendo US$ 5,98 por bushel (25,4 quilos).
A soja registrou o maior salto semanal desde março, com o contrato julho/12 cotado a US$ 14,2625 o bushel (27,2 quilos), em baixa de 1,75 ponto no dia, mas alta de 82 pontos na semana. Em uma semana, a oleaginosa recuperou quase metade do valor que havia perdido desde maio em Chicago.
Na semana em que os EUA finalizaram o plantio da safra 2012/13, preocupações com o impacto negativo do clima sobre as lavouras recém-semeadas ofuscaram a influência dos mercados financeiros e deram sustentação às cotações dos grãos. A previsão para este fim de semana aponta para chuvas esparsas e altas temperaturas em grande parte do cinturão de produção norte-americano, combinação que deve aumentar ainda mais o número de pontos que estão com o solo muito seco no Corn Belt.
Nesta segunda-feira, os nvestidores devem se posicionar antes da divulgação do relatório de oferta e demanda mundial do USDA, na terça. Os dados mais aguardados são os estoques finais de soja e milho dos EUA na safra 2012/13. A expectativa do mercado é que os números sejam revistos para baixo, na esteira de uma redução na estimativa de produtividade média das lavouras e do consumo aquecido.