As exportações brasileiras de milho teriam de ultrapassar 3 milhões de toneladas ao mês para representarem uma boa surpresa, mas deverão ficar entre 2 milhões e 2,7 milhões de t, projetou ontem a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O volume não é suficiente para que seja cumprida a estimativa feita pelo governo federal de embarques de 21 milhões de toneladas do grão até o fim do ano comercial 2014/15, em 31 de janeiro.
Do início de fevereiro até uma semana atrás, o Brasil embarcou 7,28 milhões de toneladas de milho, conforme dados oficiais. Para atingir os 21 milhões de toneladas, seriam necessários embarques de cerca de 3,4 milhões de toneladas entre outubro e janeiro, um ritmo semelhante ao registrado na temporada passada.
No entanto, este ano o mercado global está mais abastecido do produto, após duas colheitas em patamares recordes no Brasil e em meio a uma safra histórica nos Estados Unidos, que está sendo colhida. Os preços do milho na bolsa de Chicago atingiram ontem uma mínima de cinco anos, pressionados pela safra norte-americana e pela firmeza do dólar. Se o real cair ante o dólar, o milho brasileiro vai se tornar mais competitivo no exterior, frisa o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes.
Recuo
500 mil toneladas de milho ao mês, cerca de dez navios, eram exportadas a mais no ano passado.