O governo da Argentina, terceiro maior exportador de milho após EUA e Brasil, autorizou a exportação de 16 milhões de toneladas do cereal no ciclo 2013/14, cujo plantio começará em agosto, disse nesta quarta-feira um representante do setor privado.

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O governo da presidente Cristina Fernandez mantém exportações restritas de milho e trigo, a fim de garantir o abastecimento interno, uma política criticada pelos agricultores, que argumentam que desta forma perdem mercados.

"O que se busca com isso é uma sinalização para o produtor definir sua intenção de plantio. Se as exportações são abertas muito tarde, o produtor não é incentivado a semear o produto que vai vender", disse à Reuters o diretor-executivo da Maizar, entidade que reúne a cadeia de grãos, Fraguio Martin.

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Ao incentivar o plantio, o governo pretende que a colheita supere a safra recorde de 26,1 milhões de toneladas no período 2012/13, que está sendo encerrado, de acordo com o Ministério da Agricultura.

A Argentina normalmente consome cerca de 8 milhões de toneladas de milho e exporta o restante.

Por enquanto, não há previsões precisas do governo para o ciclo 2013/14, mas se espera uma boa campanha.

"O mais provável (em 2013/14) é que se volte a plantar uma área similar à temporada passada, quando houve um seca severa. Se fosse um ano com colheita normal, a safra deveria ser muito maior", disse o executivo.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) espera que a produção de milho na Argentina em 2013/14 some 27 milhões de toneladas.

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