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Executivos da Cargill inauguraram ontem, em Castro, o complexo de R$ 500 milhões | Luciano Mendes/gazeta Do Povo
Executivos da Cargill inauguraram ontem, em Castro, o complexo de R$ 500 milhões| Foto: Luciano Mendes/gazeta Do Povo

A norte-americana Cargill inaugurou na última quinta-feira (20), em Castro (a 150 quilômetros de Curitiba), a sua primeira biorrefinaria para processamento de milho no Brasil, com previsão de atrair outras quatro indústrias para os Campos Gerais. As empresas deverão aproveitar a matéria-prima proveniente do cereal.

A alemã Evonik, da área química e de energia, deve ser a primeira a erguer uma estrutura em área vizinha – a obra deve ser concluída até o final deste ano. Os executivos da multinacional afirmaram na inauguração, sem revelar mais detalhes, que as outras três empresas serão construídas nos próximos seis anos.

A instalação de novas plantas é dada como certa e, por isso, a Cargill diz já executar uma segunda fase de ampliação da fábrica que acabou de ser inaugurada. “Temos capacidade de ampliar em quatro vezes essa capacidade atual e vamos atingi-la”, disse o diretor de Amidos e Adoçantes no Brasil, Laerte Moraes.

A biorrefinaria custou cerca de R$ 500 milhões. A planta é comparada à unidade que a Cargill mantém em Nebraska (EUA). “Lá, os investimentos começaram em US$ 200 milhões e depois se consolidaram em US$ 1 bilhão com outras empresas. Agora, o nosso foco é o Brasil, que nos oferece grandes oportunidades”, resumiu o vice-presidente Corporativo da empresa, Pat Bowe.

O foco da indústria é produzir amido e adoçantes para suas parcerias, que serão abastecidas através de dutos. Mas soluções voltadas à vocação de outras regiões paranaenses, como a indústria têxtil e de papel, também devem ser atendidas pela planta.

A escolha do município levou em consideração a disponibilidade de matéria-prima e a infraestrutura, revelou Moraes. Para operar com 100% de capacidade de produção, a Cargill prevê absorver de 400 mil a 500 mil toneladas de milho ao ano, bem mais que as 300 mil toneladas produzidas em Castro e 9% da safra paranaense do cereal no verão. A empresa cogita comprar milho de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. A inauguração foi prestigiada pelo governador Beto Richa.

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