O Brasil conta a partir deste mês com um novo parceiro comercial para a exportação de milho. O governo chinês divulgou nesta terça-feira (08) que assinou o acordo fitossanitário que libera a aquisição do cereal brasileiro. O fato reflete diretamente no mercado norte-americano, que encontra dificuldades para negociar com a China após a descoberta de um carregamento não aprovado com cepa modificada geneticamente.

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A China importa milho principalmente de Estados Unidos, mas os embarques do país recuaram depois que autoridades controladoras recusaram ​​cerca de 1 milhão de toneladas devido à presença de uma cepa geneticamente alterada que não tinha sido aprovada por Pequim.

O gigante asiático está ampliando as fontes de fornecimento de grãos de ração animal conforme a produção doméstica falha em manter o ritmo ante o rápido crescimento da demanda por alimentos ricos em proteína. "A China está acrescentando mais origens de fornecimento para atender a crescente demanda de longo prazo", disse um analista da indústria. "O fornecimento brasileiro pode ser muito competitivo em relação ao dos Estados Unidos."

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Nos últimos 10 anos, o Brasil aumentou em cerca de 60% a produção de milho, se aproximando dos 80 milhões de toneladas em 2012/13. Boa parte dessa oferta crescente está sendo escoada por meio de exportações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) estima que as exportações do cereal somem 20 milhões de toneladas em 2013/14.

Em novembro do ano passado o governo brasileiro já havia sinalizado a abertura do novo mercado, mas a data de início das vendas ainda não estava definida. Após um longo período de espera, a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China aceitou no dia 31 de março o Certificado Fitossanitário emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O governo calcula que é possível movimentar R$4 bilhões com as exportações de milho para o país.