A China, segundo maior consumidor de milho do mundo, deverá reduzir os preços mínimos estabelecidos pelo governo para a colheita 2015/16, a fim de reduzir as importações e encorajar, assim, maior consumo do produto doméstico.
No ano passado, o programa de compras estatais fixou valores cerca de 30% superiores aos preços globais para dar mais renda aos produtores, incentivando as importações de milho mais barato e de substitutos, como sorgo, cevada e subprodutos como o DDG. A estratégia elevou as reservas internas a níveis recordes. Analistas estimam que o governo chinês tenha 120 milhões de toneladas em estoques.
Agora, numa tentativa de tornar o milho doméstico mais competitivo ante os grãos importados e enxugar os estoques governamentais, Pequim estuda cortar em cerca de 10% os preços mínimos do cereal e até oferecer frete ferroviário subsidiado para indústrias de ração em províncias consumidoras no sul. As medidas reduziriam a cotação interna do milho para cerca de 2.000 iuanes (US$ 322) por tonelada para as esmagadoras no sul, um valor equivalente ao do sorgo norte-americano para entrega em setembro.
7,8 milhões de toneladasde sorgo norte-americano foram compradas pelos chineses desde o início da temporada. Há cinco anos, China praticamente não importava o cereal. Mais barato, sorgo tem ganhado espaço como substituo do milho na indústria de rações.
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